quarta-feira, 18 de março de 2009


NUM SIMPLES OLHAR

Vi você passando,
caminhando.
Caminhei contigo.
Herdei teu passo e teu compasso.
Em ti me instalei.
Cavalguei teu pensamento.
Roubei de ti o olhar fagueiro, tortuoso.

Num rasgo de sorriso,
como as pedras que rolam
esbatendo-se na areia
destinamo-nos um caminho,
e nele nos encontramos.

Pra sentir prazer.
Pra chorar de dor.
Pra fazer amor.

E como as águas
que de nuvens caem
para banhar a terra
assim suamos nossos corpos
quando como duas feras
enlaçamo-nos
e nos roubamos um do outro.

Pra abraçar o sentido.
Pra beijar o gosto.
Para gozar o gozo.
Para sentir prazer.
Para fazer amor.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Psicomotricidade na Terceira Idade

Psicomotricidade e Deficiência Auditiva na Terceira Idade
Dirce Ramos Gonçalves Vieira

Resumo:
Este artigo apresenta, através de uma revisão bibliográfica, uma abordagem a respeito das alterações do ouvido na terceira idade, especialmente a presbiacusia, e a conseqüente interferência na área psicomotora e psicossocial, e a aplicabilidade da terapia psicomotora para reabilitação do individuo portador da disfunção.

Introdução:
O processo de envelhecimento é dinâmico e progressivo onde há modificações tanto morfológicas como funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam progressiva perda da capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente. Uma das ocorrências comuns ao processo de senescência é a perda da audição, presbiacusia (palavra que vem do grego onde presbys significa velho e acusis audição), fator que dificulta o relacionamento já que a pessoa que não houve bem tem dificuldade em se comunicar com as outras pessoas. Esse fator se agrava à medida que em adultos da terceira idade existe uma tendência à introversão e segregação. Geralmente, pessoas com este tipo de deficiência podem tornar-se deprimidas e inseguras.
A presbiacusia é descrita como uma alteração auditiva que acompanha o processo de envelhecimento e sua principal característica é a perda auditiva neurossensorial simétrica e bilateral que compromete as freqüências altas, cuja origem não se pode explicar (Corso, 1977).
Outro fator que envolve o processo de envelhecimento do aparelho auditivo é a perda do equilíbrio. Sendo o equilíbrio a base essencial da coordenação dinâmica geral é de suma importância uma abordagem psicomotora.
Foi ZWAARDEMAKER que em 1891 estudou pela primeira vez a audição no envelhecimento, concluindo que a diminuição da audição coincidia com o aumento da idade em seus pacientes.
A perda da audição é geralmente um processo gradual, podendo ser tão lento que a pessoa afetada não percebe por um longo tempo. Geralmente são as pessoas que estão ao redor que primeiramente suspeitam do problema. Na maior parte dos casos a perda é conseqüência natural do processo de envelhecimento do nosso sistema auditivo. Na espécie humana a prevalência de perda auditiva aumenta progressivamente após os 55 anos, com diminuição de audição para sons agudos. Por isso, como a maioria das consoantes fechadas são emitidas com tonalidades agudas (sons como k, t, s, p e ch), as pessoas mais idosas podem pensar que seus interlocutores estão murmurando. Normalmente pessoas com mais de 50 anos começam a ter dificuldades em ouvir de forma mais ou menos evidente e a compreensão das palavras se torna menos precisa.
Não há delimitações claras para o início da senescência, SCHUCKNECHT, 1955, considerou que a presbiacusia ocorre a partir da quarta década de vida, quando o individuo está diante de uma série de fatores que podem prejudicar a audição.

Epidemiologia:
Ocorre a partir da quarta década de vida
Menos pronunciada nas mulheres do que nos homens. Por exemplo, um homem de 60 anos terá uma perda de audição devido à idade de cerca de 25 decibéis em 3.000 Hz; uma mulher nessa idade terá perdido apenas cerca de 14 decibéis nessa freqüência.

Causas da diminuição da audição:
A presbiacusia é considerada normal dentro do processo de envelhecimento, porém outros fatores podem levar a diminuição ou perda da audição, tais como: otosclerose (processo de envelhecimento dos ossos que formam o sistema auditivo); intoxicação por medicamentos (antibióticos: estreptomicina, kanamicina e aminoglicosídeos; antiinflamatórios: aspirina e determinados diuréticos); às otites, acidente vascular cerebral; tumores; exposição a ruídos ocupacionais e não ocupacionais; nutrição; estresse. A diminuição da audição também pode ocorrer pelo acumulo de cerúmen.
Podemos dizer que o envelhecimento da orelha humana é o resultado cumulativo de vários fatores extrínsecos etiológicos somados ao modelo de envelhecimento geneticamente determinado.

Tipos de perda:
Para maior compreensão dos tipos de perda auditiva é necessário entendermos a anatomia e o funcionamento da orelha humana.
Além de conter receptores para as ondas sonoras, a orelha também contém receptores para o equilíbrio. Divide-se a orelha em três regiões: externa, média e interna.
A orelha externa destina-se a coletar as ondas sonoras e passá-las para dentro. Ela consiste de pavilhão da orelha, meato acústico externo e membrana do tímpano.
A orelha média é uma pequena cavidade cheia de ar entre a membrana do tímpano da orelha externa e a orelha interna. Uma abertura na parede anterior da orelha média leva diretamente à tuba auditiva de Eustáquio; estendendo-se através da orelha média e fixados nela, há três ossos extremamente pequenos denominados ossículos da audição (martelo, bigorna e estribo).
A orelha interna apresenta o labirinto ósseo, externo, e o labirinto membranáceo, interno, que se situa dentro do labirinto ósseo. O labirinto ósseo contem um liquido denominado perlinfa, que circunda o labirinto membranáceo interno. O labirinto membranáceo contem um liquido denominado endolinfa.A parte média do labirinto ósseo é o vestíbulo. O labirinto membranáceo no vestíbulo consiste de dois sacos denominados utrículo e sáculo. Atrás do vestíbulo há três canais semicirculares ósseos e em frente ao vestíbulo está a cóclea. A cóclea está dividida em três canais: rampa do vestíbulo, rampa do tímpano e o ducto coclear. Entre o ducto coclear e a rampa do vestíbulo, está a membrana vestibular. Entre o ducto coclear e a rampa do tímpano, está a membrana espiral basilar.
Sobre a membrana espiral basilar, está o órgão espiral (órgão de Corti), o órgão da audição. Esse órgão consiste de células de sustentação e ciliadas, que são os receptores da sensibilidade auditiva. As células ciliadas estão em contato com o nervo coclear do nervo vestibulococlear. As células ciliadas são facilmente lesadas pela exposição a ruídos de alta intensidade.
Estruturas da orelha relacionadas à audição e ao equilíbrio:
- O pavilhão da orelha: coleta as ondas sonoras
- Meato auditivo externo: Dirige as ondas sonoras ao tímpano
- Membrana do tímpano: As ondas sonoras fazem-na vibrar, o que por sua vez faz o martelo vibrar.
- Ossículos da audição: Transmitem e amplificam as vibrações da membrana do tímpano para a janela do vestíbulo.
- Tuba de Eustáquio: Iguala a pressão do ar em ambos os lados da membrana do tímpano.
- Cóclea: Contém uma serie de canais, líquidos e membranas que transmitem as vibrações ao órgão espiral; as células ciliadas no órgão espiral finalmente produzem impulsos nervosos no nervo coclear do nervo vestibulococlear.
- Ductos semicirculares: Contêm cristas ampulares, locais das células pilosas do equilíbrio dinâmico.
- Utrículo: Contém mácula, local das células pilosas do equilíbrio estático.
- Sáculo: Contem macula, local das células ciliadas do equilíbrio estático.
A audição é um processo complexo que envolve muitas etapas e todas devem ocorrer em harmonia para garantir a capacidade auditiva perfeita.
Quando ocorrem disfunções surge a perda auditiva, que podem ser designadas como:
- Perda auditiva condutiva: Compreende qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). A orelha interna tem a capacidade de funcionamento normal mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo sonoro. Na maioria das vezes as deficiências auditivas condutivas podem ser corrigidas através de tratamento clínico ou cirúrgico. O uso de próteseé indicado quando estes não são suficientes.
- Perda auditiva sensório-neural: Ocorre quando há uma lesão nas células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Há impossibilidade de recepção do som. Somente através de métodos especiais de avaliação auditiva que se pode diferenciar entre as lesões das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível. Neste caso será de grande importância o uso de aparelhos auditivos.
- Perda auditiva mista: Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.
- Perda auditiva central: Esta deficiência auditiva não se acompanha, necessariamente, de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central). Que geralmente é avaliado através de um exame específico, onde serão analisadas as respostas evocadas do Tronco Cerebral.

Implicações da perda auditiva:
A deficiência auditiva no idoso gera um enorme problema de comunicação com os familiares, amigos e todas as pessoas que o cerca, o que lhe traz alterações psicológicas como: depressão, ansiedade, embaraço, frustração, raiva e medo, causados por incapacidade pessoal de comunicar-se com os outros.
O declínio em sua capacidade de comunicação gera um grande impacto psicossocial.
Uma das queixas típicas dos idosos é a de ouvirem, mas não entenderem o que lhes é dito (Russo, 1988), principalmente em ambientes ruidosos. Sons fortes incomodam, o que os leva muitas vezes a reclamar da altura em que se coloca uma música para tocar, ocasionando brigas no ambiente em que vivem. Os mais jovens normalmente entendem esta atitude como chatice ou decrepitude. No caso de surdez severa as pessoas com quem convive pode considerá-lo confuso, ou mesmo portador de distúrbio de comportamento.
É muito comum os familiares descreverem o idoso portador de deficiência auditiva como confuso, desorientado, distraído, não comunicativo, não colaborador, zangado, velho e senil.
A vertigem e a sensação de desequilíbrio, freqüentemente acompanhada de zumbido no ouvido, bem como a possibilidade de ocorrência de perda de consciência, ocasionadas por problemas do labirinto, levam o idoso a clausura, pois o medo de passar mal ou de perder-se o impede de sair de casa.
O declínio da audição normalmente se acompanha de uma diminuição da compreensão da fala. Sabendo-se que a aquisição e a manutenção da linguagem falada requerem entre outras coisas uma perfeita audição entendemos porque com o tempo esse idoso tem um déficit em sua linguagem.
A audição é imprescindível como mecanismo de alerta e defesa. A incapacidade para ouvir chamados, telefones, alarmes, veículos se aproximando, campainhas e anúncios de emergência contra o perigo põe em risco a vida desse idoso.

Psicomotricidade voltada para o portador de deficiência auditiva na terceira idade:
As manifestações emocionais, as falhas de comunicação, distúrbios psicomotores, etc, que se relacionam com a terceira idade interessa de grande forma a psicomotricidade.
Uma vez que a psicomotricidade leva em conta o aspecto comunicativo do ser humano, do corpo, da gestualidade, a comunicação é uma função essencial na reeducação psicomotora.
Toda descarga emocional se manifesta em tensão e em mal estar físico o que acarreta uma mudança no comportamento e na capacidade de vivenciar o mundo. É nesses aspectos que a psicomotricidade pode influir positivamente na melhoria da sintomatologia e da qualidade de vida do idoso com deficiência auditiva.
Atuando com o idoso portador de presbiacusia o pisicomotricista leva em conta toda a estória patológica do individuo, seu aspecto geral e suas particularidades. É importante que haja integração multidisciplinar: com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros profissionais que estejam tratando do mesmo individuo. Isto auxilia no sucesso da terapia.

Áreas psicomotoras em que atuará o psicomotricista:
Comunicação e expressão: A linguagem é função de expressão e comunicação do pensamento promove a socialização. Permite ao indivíduo trocar experiências e atuar, verbal e gestualmente, no mundo. Por ser a linguagem verbal intimamente dependente da audição é necessário trabalhar com o idoso deficiente auditivo proporcionando-lhe meios para que possa captar melhor as palavras. Para tanto o psicomotricista fala em voz audível, devagar, sem omitir palavras, com articulação clara sem exageros. Usa gestos. Isto proporciona tranqüilidade e estimula o individuo a perceber os movimentos labiais.
O psicomotricista evita colocar a mão em frente à boca, mascar ou mastigar enquanto fala. Procura olhar para o indivíduo, enfatizando as informações mais importantes.
Percepção: A percepção está ligada à atenção, à consciência e a memória. Os estímulos que chegam até nós provocam uma sensação que possibilita a percepção e a discriminação. Como primeiramente sentimos através dos sentidos para depois percebermos e então discriminarmos é importante darmos condições para superar-se a carência ou a falta da audição. A atividade proposta para esta área dará condições de desenvolvimento e de manutenção da percepção e da discriminação. Pode-se trabalhar modelagem em argila, percepção de odores, etc.
Coordenação: O idoso com problemas no labirinto manifesta problemas de equilíbrio. Sendo o equilíbrio a base essencial da coordenação dinâmica geral atua a psicomotricidade dando-lhe possibilidade de trabalhar exercícios que ajudem neste controle. Exercícios de marcha são excelentes, já que possuem a finalidade de melhorar o comando nervoso, a precisão motora e o controle global dos deslocamentos do corpo no tempo e no espaço.
Conhecimento corporal: A noção do corpo está no centro do sentimento de mais ou menos disponibilidade e adaptação que temos de nosso corpo e está no centro da relação entre o vivido e o universo. É nosso espelho afetivo-somático ante uma imagem de nós mesmos, do outro e dos objetos.
Trabalhar a forma como o idoso percebe seu corpo encorajando-o a desafiar os mitos sobre o envelhecimento e proporcionar-lhe meios para que vislumbre o futuro, tendo em vista que idosos nada mais são do que jovens que viveram muito, é uma tarefa capaz de ressuscitar-lhe a alegria de viver e o prazer de interagir.
Também é importante ressaltar o caráter do trabalho de orientação realizado pelo psicomotricista com relação à família e ao próprio idoso. Uma família bem orientada com relação à forma de lidar com o seu idoso e com suas necessidades garante uma melhor convivência e a possibilidade de melhoria em seu estado geral. A ampliação na quantidade e na qualidade da comunicação verbal entre o idoso e seus familiares repercute numa melhoria em sua vida social e em sua qualidade de vida. Um idoso bem informado com relação as suas dificuldades e as possibilidades de melhorar sua convivência com essas dificuldades encontra sustentação para realizar suas tarefas com mais segurança.

Conclusão:
A presbiacusia tem um caráter de inevitabilidade, já que todo o individuo, em grau menor ou maior, passará por ela em seu processo de senescência, porém pode ser evitável os transtornos psíquicos, afetivos, motores e psicossociais que advém desta deficiência.
Muitas propostas de tratamento, das mais diversas áreas do saber, auxiliam o idoso portador de deficiência auditiva a superar suas dificuldades e a psicomotricidade vem somar a estas áreas com muita probidade.
Além de toda e qualquer proposta é o psicomotricista com sua compreensão dos aspectos bio-psico-sociais do envelhecimento, sua sensibilidade para com as ansiedades que cada indivíduo suporta em sua vida, sua empatia, autenticidade, respeito e interesse verdadeiro pelo bem estar dos idoso levando-lhe calor humano e gentileza que fará toda diferença no progresso do tratamento direcionado a melhoria de sua qualidade de vida.


Bibliografia
TORTORA, Gerard J. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

CORSO, J.F. Presbycusis, hearing aids and aging. Audiology, 16 (2): 146 -163, 1977.

RUSSO ICP. Uso de próteses auditivas em idosos portadores de presbiacusia; indicação, adaptação e efetividade. Tese de Doutorado. Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. São Paulo, 1988.

BENTO, R.F., MINITI, A., MARONE, S.A.M. Tratado de otologia. São Paulo: Edusp, 1998.

PAPALÉO NETTO, Matheus. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Atheneu, 1999.

Perda Auditiva.
Disponível em: http://www.surtel.com.br/perdaud.html. Acesso em 5 de julho de 2004.

VILELA, Ana Luisa Miranda. Anatomia e Fisiologia Humana. Efeitos Psicológicos e Fisiológicos do Som.
Disponível em: http://www.afh.bio.br/basicos/Sentidos6.htm. Acesso em 5 de julho de 2004.

A Audição e o Equilíbrio na Terceira Idade.Disponível em: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3156&ReturnCatID=1787 . Acesso em 5 de julho de 2004.

Comunicação e Psicomotricidade

O QUE A COMUNICAÇÃO INFLUENCIA NA PSICOMOTRICIDADE
Dirce Ramos G. Vieira

Para se fazer presente no mundo o homem precisa comunicar-se. A comunicação, seja ela verbal ou corporal, é o alicerce para o estar e o interagir no mundo. Através da interação com o mundo o individuo integrará significados explorando os sentidos, o que o fará ampliar a consciência de si mesmo promovendo seu desenvolvimento psicomotor.
Ainda no ventre materno o individuo passa pela primeira forma de comunicação. As sensações, desejos e anseios maternos promovem uma grande forma de comunicação; o bebê estabelece uma linguagem comunicando-se com a mãe através de seus movimentos.
Após o nascimento o bebê depende dos cuidados maternos formando com ela uma unidade absoluta, mesmo sem ainda percebe-la como tal. É nessa fase de comunicação inicial que podem surgir os distúrbios da fala e linguagem, do corpo e do movimento já que os primeiros anos de vida constituem um marco fundamental no desenvolvimento da personalidade e da psicomotricidade.
A comunicação com a mãe, ou com quem assume este papel, nos primeiros meses de vida se dá através do afeto. As sensações de agradável e penoso, ainda que de forma vaga, manifestar-se-á por uma descarga emocional física ou psíquica, de uma forma imediata ou adiada.
Nos cuidados maternos a mãe transmitirá a seu bebê seus pensamentos e emoções e este lhe responderá com mímicas, sons e palavras, de acordo com a fase, num verdadeiro dialogo afetivo.
Nesta comunicação o bebê aprende que para satisfazer suas necessidades ele precisa manifestar-se através do choro, movimentos, etc. Seu estado de necessidade cria uma tensão que promove aumento do tônus (hipertonia do apelo) trazendo uma sensação de desprazer. O bebê chora, esperneia. A mãe decodifica e satisfaz suas necessidades fazendo com que o bebê relaxe e sinta-se satisfeito. É nesse ato contínuo que o bebê vivencia prazer e desprazer, satisfação e insatisfação. Seu sistema nervoso se desenvolve e sua psique também promovendo o desenvolvimento motor.
No intercambio desta relação a mãe também vivencia estas emoções; satisfação e insatisfação, prazer e desprazer se alternam. Ela manifesta-se junto ao bebê sendo solicita ou não, carinhosa ou não, e numa verdadeira torrente de manifestações verbais e extraverbais estabelece o vínculo que será a base para organização psicomotora daquele individuo.A ausência ou deficiência da comunicação afetiva numa relação inadequada ou insatisfatória entre mãe e bebê nas relações precoces ocasiona transtornos posteriores da comunicação e da psicomotricidade, pois que o aprendizado da palavra requer principalmente o estabelecimento prévio das comunicações pré-verbais precoces.

Conjunto Surf

Conjunto pipa, para quarto de bebê
Trabalho feito em mdf.
Aplicação de recortes
Pespontado em volume cetim

Presépio

Presépio

Trabalho em MDF
Decoupage
Esponjado
Acabamento em laca acrílica

Conjunto pipa

Conjunto Pipa, para quarto de bebê
Trabalho em MDF
Pintura artística utilizando tinta PVA, dimencional e aplicação de olhos

Bandeija Margaridas

Trabalho em MDF
Pintura em tinta pva com acabamento em laca acrílica.