PAI
Um dia caminhava
Um dia caminhava
pelas curvas de minha vida
e desfolhava reminiscências
já outrora esquecidas.
Encontrei comigo mesmo.
Encontrei comigo mesmo.
Julguei-me, me perguntei.
Indaguei de mim verdades
e nelas já não encontrava respostas.
Senti-me triste, solitário.
Senti-me triste, solitário.
Nos amigos já não encontrava apoio;
sofria, chorava...
De meu coração rolavam lágrimas
que em meus olhos não afloravam.
Ergui aos céus uma prece.
Ergui aos céus uma prece.
Roguei ao pai eterno
que me ajudasse
a encontrar, em meu caminho,
a resposta de que precisava.
E diante de meus olhos,
E diante de meus olhos,
no âmago de min'alma,
clara luz se fez então.
Mergulhei na claridade
que agora radiosa
me enchia de alegria.
Sorri ao descobrir
Sorri ao descobrir
que tudo o que precisava
era lembrar de ti.
Lembrar das coisas que me dissera e ensinara.
Lembrar de tudo por que passara.
Entendi todas as queixas de infância.
Entendi todas as queixas de infância.
Sorri novamente ao me lembrar
que meus erros de adolescente
era por querer ser igual a ti,
por querer imitar-te,
esquecendo de ser eu mesmo
em meu tempo.
Agora homem feito,
Agora homem feito,
vendo meus filhos crescerem,
creio em tuas verdades
que lapidei.
Teus erros já não me assustam,
Teus erros já não me assustam,
compreendo-os.
Sim, pai,
compreendo-te agora!
Pois na hora em que
Pois na hora em que
de meu coração brotou a prece
só uma palavra
em minha mente ecoava,
era você, Pai,
por quem clamava.
E agora de meu coração
E agora de meu coração
já não rolam lágrimas.
Rolam sim, de meus olhos,
gotas de alegria,
de felicidade e emoção,
por te ter,
e porque posso te chamar de meu "PAI".
(autor: Dirce Ramos G.
Vieira)
Poema registrado. Respeite os
direitos autorais
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